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Em 2006, Plutão foi o astro em “decadência”. Jornais e revistas científicas anunciavam o rebaixamento do corpo celeste para o status de planeta anão. Mas o que é um planeta anão? Quais são suas características e como eles podem nos ensinar mais sobre as leis que regem o Universo?
Desde os anos 90, discussões sobre o que caracterizaria um planeta, e se Plutão realmente era um, estavam em voga para a União Astronômica Internacional (UAI). No entanto, a decisão de criar uma nova categoria de corpos celestes só foi tomada em 2006, após o descobrimento de Éris, em 2005.
Com praticamente o mesmo tamanho de Plutão, como Éris seria classificado? Mais um planeta?
O que é um planeta anão?
Para que esse impasse fosse resolvido, a UAI determinou três regras para que um astro possa ser classificado com planeta, sendo elas:
1- Orbitar ao redor de uma estrela;
2- Ter massa suficiente para atingir o equilíbrio hidrostático, que confere forma arredondada ao corpo;
3- Ser dominante em sua órbita, “limpando” a vizinhança de outros corpos que possam interferir na sua trajetória.
E foi pela terceira regra que Plutão foi reclassificado com planeta anão. Plutão divide sua órbita com Caronte, a maior de suas luas. Há uma discussão sobre o sistema Plutão-Caronte ser na verdade um sistema binário de planetas anões. Mas por enquanto, é apenas um planeta anão e seu satélite quase tão grande quanto ele.
Então, para ser considerado um planeta anão, o astro deve atender às primeiras duas regras, e a partir disso, um pequeno asteroide se beneficiou com essa nova classe de astros.
Quais são os planetas anões de nosso sistema solar?
Atualmente a UAI reconhece cinco corpos celestes como planetas anões, mas existem muitos outros astros que podem entrar nessa classificação em um futuro próximo. Os reconhecidos são:
Plutão
É o planetinha do qual mais temos informação até o momento. Ele se localiza no Cinturão de Kuiper, na periferia do nosso Sistema Solar, e foi visitado pela sonda espacial New Horizons em 2015.
Plutão foi descoberto em 1930.Fonte: Shutterstock
Éris
É mais denso que Plutão, apesar de ser um pouco menor. Até o momento não foi visualizado de maneira direta, e também está no Cinturão de Kuiper. Foi nomeado em homenagem à deusa grega da discórdia. Plutão que o diga.
Éris foi descoberto em 2005.Fonte: NASA JPL Caltech – Artist Concept
Ceres
Se tem alguém que seu deu bem nessa história é Ceres. Anteriormente Ceres era designado como o maior asteroide já observado no Cinturão de Asteroides, que fica localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter. Com as novas regras, ele foi promovido a planeta anão, é o único dos planetinhas que não está no Cinturão de Kuiper.
Ceres foi descoberto em 1801.Fonte: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
Haumea
Haumea tem um jeitinho todo especial. Ele não é esférico como os demais, mas como seu formato foi moldado por seu movimento de rotação, em tese, continua classificado como planeta anão. Seu formato é mais parecido com uma bola de rugby, possui duas luas e um anel.
Haumea foi descoberto em 2004.Fonte: Shutterstock
Makemake
Makemake, assim como Haumea, Plutão e Éris, está localizado no cinturão de Kuiper. Ele leva aproximadamente 300 anos terrestres para completar sua órbita em torno do Sol. Em 2015 foi observado que Makemake possui um satélite, que é chamado de MK 2.
Makemake foi descoberto em 2005.Fonte: Shutterstock
Apesar da controvérsia sobre a classificação de Plutão, essa nova classe de corpos celestes, abre caminho para que mais astros sejam descobertos e classificados ao longo dos próximos anos.
Conforme a tecnologia avança e o espaço se torna mais conhecido, podemos ter novas classificações e novos astros sendo descobertos e denominados, assim como conhecer melhor a estrutura interna e externa desses planetas anões.
O universo é vasto demais para ficarmos presos em uma discussão sobre nomes, concorda?