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Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior tentam sustentar otimismo após ata do Fed; Ibovespa acompanha debate sobre ICMS e privatização da Eletrobras (ELET3)

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O amargo remédio contra o avanço da inflação nos Estados Unidos deve vir na dose certa esperada pelos investidores. Na tarde de ontem (15), o Federal Reserve impulsionou as bolsas pelo mundo ao divulgar a ata da sua mais recente reunião de política monetária. 

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A publicação aliviou o medo de que o aperto monetário dos EUA fosse mais intenso — uma alta de 75 a 100 pontos base nos juros já estava no radar dos analistas do mercado. Mas o Fed deixou as asas do falcão de lado por enquanto e anunciou novos aumentos nos juros de 0,50 pontos percentuais. 

O alívio veio em boa hora: as bolsas dos Estados Unidos fecharam em alta de mais de 1% na sessão da última quarta-feira. Sobrou até um pouco de otimismo para o Ibovespa, que fechou praticamente estável aos 110.579 pontos, evitando encerrar mais um pregão no vermelho. 

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O dólar à vista, por sua vez, reduziu os ganhos a 0,18%, a R$ 4,8209. 

Com a agenda mais esvaziada por hoje, o foco do dia vai para a leitura final do PIB do primeiro trimestre dos Estados Unidos. A publicação preliminar dos dados mostrou uma queda inesperada do produto interno bruto do país e a revisão dos dados pode dar um novo fôlego aos índices nesta quinta-feira (26). 

Além disso, permanece no radar o último dia da reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, e a participação da vice-presidente do Fed, Lael Brainard, em audiência da Câmara dos Representantes dos EUA. 

Confira o que irá movimentar o dia do dólar, das bolsas e do Ibovespa hoje:

Bolsas pelo mundo: um sopro de alívio

O fechamento da sessão desta quinta-feira na Ásia e no Pacífico foi majoritariamente contaminado pela preocupação com o aperto monetário dos EUA. Entretanto, a perspectiva de novos estímulos à economia chinesa , anunciados ontem por Pequim após ameaças de uma nova onda de covid-19, sustentaram o otimismo da bolsa chinesa. 

Na Europa, o cenário é mais positivo, com os índices por lá tentando sustentar a alta da abertura. O otimismo com a ata do Banco Central americano deve impulsionar as bolsas hoje, além das declarações de representantes do próprio Banco Central Europeu (BCE). 

O morde-assopra do Federal Reserve

É verdade que a ata confirmou as expectativas do mercado de uma alta de 50 pontos-base nos juros para a próxima reunião.

Porém — e é um grande porém — o aperto monetário ainda deve acontecer e o Fed irá aumentar ainda mais os juros nas próximas reuniões. Parte desse cenário já está precificado pelas bolsas, mas a ficha de Wall Street pode cair e levar as bolsas junto. 

Isso já aconteceu outras vezes, quando o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, anunciou um aperto monetário “dentro do esperado”: as bolsas sobem em um dia e caem no pregão seguinte. 

Agora sim, os futuros de Nova York

Não é certo que isso acontecerá nesta quinta-feira, mas os índices futuros de Nova York operam em leve alta, ampliando os ganhos da sessão anterior. 

O dado que deve movimentar o dia por lá é a leitura final do PIB do primeiro trimestre, que deve recuar 1,3% de acordo com as projeções. Além disso, os investidores aguardam os dados inflacionários, medidos pelo PCE e divulgados amanhã, para sustentar o otimismo de um aperto monetário dentro do esperado. 

Bolsa local e os debates sobre o ICMS

De volta para terras brasileiras, a Câmara aprovou na noite de ontem o projeto de lei para fixar o teto do ICMS dos estados em 17% para a energia elétrica e os combustíveis. 

A Casa Legislativa ainda inseriu um gatilho para compensar estados e municípios se e quando a queda da arrecadação superar os 5%. Porém, o aval do Ministério da Economia só veio com a condição de que o período máximo para validade desta proposta seja de seis meses.

Eletrobras, o capítulo final

Com o sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) finalmente aceso, a Eletrobras (ELET3) pisou no acelerador da privatização. A estatal deve protocolar entre hoje e amanhã (27) o registro para a oferta bilionária de ações no Brasil e nos Estados Unidos, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast.

Os registros na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e sua correspondente norte-americana, a Securities and Exchange Commission (SEC), devem ser acompanhados pela entrega do formulário de referência com as principais informações financeiras, fatores de risco e atualizações sobre a empresa e a oferta.

A expectativa é de que a oferta possa alcançar os R$ 30 bilhões. Como resultado, a estatal deixará de ser controlada pelo governo. 

E a arrecadação local no radar da bolsa

Por fim, a Receita Federal publica hoje os números da arrecadação federal a pouco menos de uma semana para acabar o prazo de declaração do Imposto de Renda referente ao ano de 2021 — saiba o que acontece se você não declarar a tempo. 

As projeções do Broadcast apontam para uma mediana de R$ 187,889 bilhões em arrecadação no mês de abril. Na leitura anterior, os dados de março mostraram que os cofres públicos receberam R$ 164,147 bilhões dos contribuintes, a maior arrecadação para o mês na série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995.

Agenda do dia

  • Estados Unidos: Leitura final do PIB do primeiro trimestre (9h30)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
  • Receita Federal: Arrecadação federal de abril (10h30)
  • Receita Federal: Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias concede entrevista sobre a arrecadação de abril (11h)
  • Estados Unidos: Vice-presidente do Fed, Lael Brainard, testemunha perante Comitê de Serviços financeiros da Câmara dos Representantes (13h)
  • Suíça: Último dia do Fórum Econômico Mundial, em Davos (dia todo)

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