A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira pessoa a tomar CoronaVac no Brasil, trabalha na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Doenças Infecciosas Emilio Ribas, de São Paulo. Negra, ela mora em Itaquera, zona leste de São Paulo.
Depois de ser liberada em condições limitadas por alguns minutos, a Anvisa foi vacinada no HC (Hospital das Clínicas), mas com restrições, usou com urgência a CoronaVac, vacina do Instituto Butantan produzida pelo Sinovac, um laboratório chinês. Além do CoronaVac, a Anvisa também anunciou o uso emergencial do imunizante AstraZeneca para a vacina da Fiocruz na Universidade de Oxford.
Ao chegar ao posto de vacinação estabelecido pelo governo estadual no HC, Mônica se reuniu com o governador João Doria (PSDB). Eles abriram as mãos e se cumprimentaram, depois ficaram comovidos e choraram. Ela encorajou o público a não ter medo das vacinas.
Enfermeira escolheu trabalhar no Emílio Ribas
Monica pertence à categoria de risco do novo coronavírus: obesidade, hipertensão e diabetes. Mesmo assim, quando a pandemia atingiu o auge, em maio do ano passado, ela se candidatou a uma vaga no CTD (contrato por tempo determinado).
Em vários hospitais, optou por trabalhar no Emílio Ribas, embora soubesse que o departamento se tornaria o centro da luta contra a pandemia. Segundo ela, a profissão é mais barulhenta.
Há oito meses, Monica deixou sua casa em Itaquera, na zona leste de São Paulo no dia seguinte e trabalhou no hospital de referência Covid-19 da região por cerca de uma hora e meia. Centro de São Paulo.
Desde então, Mônica trabalha na UTI local, que hoje conta com 60 leitos, e desde abril mantém uma taxa de ocupação superior a 90% na batalha contra o covid-19.