Secretaria de Segurança do DF cadastrou 13 movimentos pró-Bolsonaro e três contrários que deverão ir às ruas. Os grupos ficarão em locais distintos
No 7 de Setembro, manifestantes ficarão impedidos de protestar em frente ao STF, um dos alvos de atenção no feriado da independência. Para evitar possíveis ações violentas nos prédios públicos, a Praça dos Três Poderes ficará fechada, seguindo um protocolo de segurança definido pelos órgãos de inteligência do governo do DF.
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Mas os ativistas pró-Bolsonaro, críticos dos ministros do Supremo, poderão se posicionar ao longo da Esplanada dos Ministérios. A estratégia foi definida pela Secretaria de Segurança Pública do DF que cadastrou todos os movimentos mobilizados para irem às ruas.
Segundo o secretário de Segurança, Júlio Danilo, haverá 13 manifestações em defesa de Bolsonaro e três, contrárias. Os grupos não poderão ocupar o mesmo espaço. Os ativistas em maior número, que defendem o atual governo, ficarão na Esplanada. Os demais poderão protestar perto da Torre de TV, ao longo do Eixo Monumental.
Todos os manifestantes passarão por linhas de revista e não poderão portar armas ou qualquer outro objeto que coloque em risco a integridade das pessoas e dos prédios públicos, nem mesmo bandeiras.
Na véspera do feriado, será ponto facultativo e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) deverá promover uma limpeza na área central de Brasília, como estratégia para retirar das ruas objetos que representem risco para a segurança pública. No dia das manifestações, todas as forças de segurança, como as Polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros, o Detran e os órgãos de fiscalização, serão convocadas para atuar no trabalho.
Parte do planejamento para o 7 de Setembro foi divulgado nesta tarde pelo secretário, que trabalha em conjunto com órgãos de segurança do governo federal, como Polícia Federal, Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, polícias legislativas da Câmara e do Senado e Forças Armadas. “Todos têm o direito de se manifestar e o governo tem o dever de zelar pela segurança de todos“, afirma Júlio Danilo, que é delegado da Polícia Federal.
Segundo o secretário de Segurança, até o momento, não há registro no DF de nenhum possível levante organizado por policiais ou bombeiros militares em defesa de Bolsonaro e contra o STF, como o detectado em São Paulo, onde o governador João Doria (PSDB) afastou o comandante da Polícia Militar e chefe do Comando de Policiamento do Interior-7, coronel Aleksander Lacerda, por ato de indisciplina.
Os três promotores de Justiça da Auditoria Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acompanham o trabalho de inteligência da Secretaria de Segurança com o propósito de evitar ações dessa natureza que criem problemas no 7 de Setembro.