Tivemos um ano bastante desafiador, não apenas na esfera profissional. As consequências da pandemia trouxeram um cenário recessivo, aumentaram as incertezas e anteciparam a chegada de algumas situações antes previstas para 2025, como por exemplo a adoção de algumas tecnologias e demandas de habilidades que nos levaram a repensar nossa vida profissional e a gestão de capital humano.
O ritmo de adoção da tecnologia deve permanecer inalterado em algumas áreas e acelerar ainda mais em outras, portanto, recomendo fortemente que você desenvolva uma relação bastante próxima com: consciente digital, algoritmos, aprendizagem de máquina, inteligência artificial, nuvem, EAD.
Segundo o Relatório Futuro do Trabalho 2020 do Fórum Econômico Mundial: 43% das empresas pesquisadas indicam que pretendem reduzir sua força de trabalho devido à integração de tecnologia, 41% planejam expandir o uso de contratados para trabalho especializado em tarefas e 34% planejam expandir sua força de trabalho devido à integração de tecnologia. Em 2025, o tempo gasto em tarefas atuais no trabalho por humanos e máquinas será igual.
Esse mesmo relatório estima que em 2025, 85 milhões de empregos podem ser substituídos por uma mudança na divisão de trabalho entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novos papéis podem surgir que são mais adaptados à nova divisão de trabalho entre humanos, máquinas e algoritmos.
A sugestão aqui é desenvolvermos competências adequadas para atender às novas demandas, visto que todas as competências exigidas pelo mercado de trabalho mudarão nos próximos cinco anos, todos nós precisaremos desenvolver novas habilidades, sendo que as principais estão relacionadas à autogestão, aprendizagem ativa, resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade.
O futuro do trabalho previsto para 2025 chegou mais rápido por conta da pandemia: trabalho remoto, home office, nomadismo digital, trabalho intermitente passaram a fazer parte da realidade de muitos brasileiros e 2021 aparenta efetivar essa realidade que para alguns ainda está como provisória.
Isso traz a preocupação de equilibrar produtividade e bem-estar. E para isso recomendo encontrarmos formas de desenvolvermos habilidades relacionadas a: colaboração, senso de comunidade, conexão e pertencimento entre colegas de trabalho e familiares. O distanciamento social não pode ser usado como desculpa, as ferramentas digitais podem ser grandes aliadas
Desenvolver habilidades relacionadas à liderança também é uma demanda crescente, como por exemplo: pensamento crítico e resolução de problemas complexos.
Acredito que teremos uma janela de oportunidade para atividades ligadas às métricas de capital humano e social por conta da adoção de métricas ambientais, sociais e de governança geradas pelos critérios da ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance).
Com essa crescente demanda por qualificação e requalificação, combinada com medidas renovadas de contabilidade do capital humano, atividades ligadas ao desenvolvimento humano tendem a crescer. Treinamentos de hard skill, principalmente, os relacionados a novas tecnologias e soft skill focados nas habilidades do futuro já apresentam aquecimento.
Fique atento para as oportunidades geradas dentro de seu atual emprego, as empresas começam a aprender a remanejar seu quadro de colaboradores para poder aproveitá-los da melhor forma e evitar o custo financeiro e emocional de uma demissão.
Empreender, também, pode ser uma boa opção, desde que você consiga conectar seu propósito com uma necessidade real do mercado. E, preferencialmente, aproveitando ao máximo seus conhecimentos, habilidades e experiência em seu novo negócio, assim você consegue reduzir a curva de aprendizado e acelerar resultados.